Monumental Praça de Toiros "Amadeu Augusto dos Santos"

Sexta-Feira, 24 de Junho de 2011 – Dia de São João – 22 horas e 15 minutos.

1ª. Corrida da Feira Taurina das Festas de São Pedro na Cidade do Montijo

Cartel misto composto pelos Cavaleiros António Ribeiro Telles, Filipe Gonçalves, João Ribeiro Telles, Duarte Pinto, Francisco Palha e Tomás Pinto e o Matador de Toiros Octavio Chacón.

Lidaram-se seis Toiros da Ganadaria de Arucci com pesos entre os 580 e os 680 quilos e um toiro da Ganadaria  Portuguesa de António Charrua.

Completava o cartel os três Grupos de Forcados Amadores do Ribatejo, Moita e Montijo, comandados por João Machacas, Pedro Raposo e  Ricardo Figueiredo  respectivamente.

António Ribeiro Telles, lidou o primeiro toiro que como os demais era de pelagem ou capa preta, tinha o número 238 e o peso de 613 quilos. Cravou três ferros cumpridos sendo dois de muito boa colocação, pois o terceiro ficou um pouco descaído.

Mudou de montada e cravou uma série de cinco ferros curtos, sendo o último já a pedido do público. Durante toda a lide esteve correto na brega e preparação das sortes bem como a cravar , deixou pois um bom sabor de boca nos seus mais fiéis seguidores e admiradores com esta sua excelente actuação.

Filipe Gonçalves a quem apelidaram de “Furação do Algarve”, lidou o segundo da noite com o número 19 e o peso de 667 quilos, cravou dois ferros compridos, o primeiro ficou um pouco descaído e o segundo foi de muito boa colocação. Mudou de montada e deixou uma série de seis ferros curtos, sendo o último igualmente a pedido do público. Desta série de ferros destacamos o terceiro, quinto e sexto, sendo precisamente estes os de melhor nota. Uma vez mais utilizou na série dos curtos dois cavalos, sendo o primeiro de capa baio e o segundo de seu nome Xique, um exemplar ruço com ferro de Paulo Caetano, que é um dos craques da quadra já que eleva as mãos de forma a dar a ideia de que bate palmas como cite do oponente. Foi uma agradável atuação que chegou com agrado e facilidade junto dos espetadores

João Ribeiro Telles, lidou o terceiro toiro da noite com o número 21 e o peso de 680 quilos, cravou dois ferros compridos de muito boa colocação, mudou de montada por duas vezes, primeiramente com um ruço de ferro Rio Frio, para deixar uma série de cinco ferros curtos de boa nota, sendo o último a pedido do público em sorte de violino e mais um ferro de palmo em sorte às meia volta. Uma prestação também de muito bom nível.

Duarte Pinto, lidou o quarto toiro da noite com o número 107 e o peso de 580 quilos, cravou dois ferros compridos de boa nota, e uma série de cinco ferros curtos, ficando os dois primeiros um pouco descaídos e os restantes ferros de boa colocação, sendo o último a pedido do público.

Francisco Palha, lidou o quinto da noite com o número 102 e o peso de 645 quilos, cravou dois ferros cumpridos, com destaque para o segundo, e depois uma série de seis ferros curtos, com destaque para o quarto e quinto em sorte de violino. Foi uma atuação um pouco aquém de outras atuações de melhor nível que temos visto desde jovem e promissor cavaleiro.

Tomás Pinto, lidou o sexto toiro com o número 81 e o peso de 600 quilos, quanto a nós o melhor exemplar dos seis lidados até aqui. Cravou três ferros cumpridos, ficando o segundo um pouco descaído, e o de melhor nota foi o primeiro. Depois de mudar de montada cravou uma série de cinco ferros curtos, sendo os dois últimos em sorte de violino e de boa nota.

Teve uma atuação um pouco irregular pois nem sempre esteve muito bem na colocação da ferragem.

Veio depois o momento de toureio a pé, tarefa a cargo do jovem matador de toiros sevilhano Octavio Chacón, que marcava presença pela segunda vez no Montijo, onde tinha atuado na tarde 29 de Maio do presente ano, e havia deixado constância do seu bom toureio.

Lidou um exemplar de capa negra com o peso de 510 quilos e pertencente à ganadaria alentejana de António Coelho Charrua, iniciou o sou toureio de capa executando variados lances como verónicas, parons, delantales, faroles, chicuelinas, meias veronicas de pé e de joelhos em terra.

Depois do tércio de bandarilhas a cargo dos conceituados bandarilheiros portugueses Pedro Gonçalves e Alberto Bartissol, seguiu-se a faena de muleta, a qual excedeu um pouco o tempo de lide segundo o Diretor de Corrida que ordenou dar um toque de aviso, porém também aqui foi uma faena alegre e muito vistosa com a variedade de passes executados por este diestro, como derechazos, naturais, passes de peito por alto, de joelho em terra, faroles e manoletinas.

Deixamos para o fim a apreciação às actuações dos forcados, os quais não tiveram tarefa fácil perante seis imponentes toiros com cinco anos de idade e com peso, dado que a maioria não correu atrás dos cavalos, pelo que chegaram com muita força e pata no momento das pegas. Foi uma noite de empenho e de coragem por parte de todos os elementos actuantes dentro da arena do Montijo.

Pegas houve que poderiam ter sido consumadas a primeira, mas pelas razões já aqui evocadas e pela falta de união em certos momentos, porque os grupos abriam, as ajudas faltavam, bem como as forças, tal não foi possível. Porém damos todo o mérito a todos quantos lutaram para prestigiar as jaquetas das ramagens dos seus respetivos grupos.

Grupo do Ribatejo, pegaram o primeiro à segunda tentativa e o quarto à quarta tentativa em sorte de sesgo.

Grupo da Moita, pegaram o segundo à terceira tentativa em sorte a sesgo e o quinto à segunda.

Grupo do Montijo, pegaram o terceiro à quarta tentativa em sorte a sesgo e o sexto à segunda.

Estava um Troféu em disputa para a Melhor Pega executada, como a noite foi uma noite muito dura, o Júri decidiu atribuir o Troféu à pega executada pelo Grupo do Ribatejo através do forcado Mário Gonçalves no quarto da noite, a única pega executada com oito elementos em praça.

Foto. Do nosso Colega e colaborar Arsénio, uma das fotos da Corrida de ontem.