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João Moura e Forcados de Alcochete e Aposento da Moita triunfam

Praça de Toiros "Amadeu Augusto dos Santos" no Montijo
30 de Julho de 2011 - 19:41h Crónica por: - Fonte: - Visto: 2601
João Moura e Forcados de Alcochete e Aposento da Moita triunfam

Sexta-Feira, 29 de Julho de 2011, numa noite agradável para os toiros, embora a temperatura estivesse um pouco fresca devido ao vento que se fez sentir como é costume na Cidade do Montijo, embora se esteja na estação do verão.

Lotação quase preenchida sem esgotar, pois existiam alguns lugares vagos nos Sectores 1, 2 e 7 (Sombra e Sombra-Sol), corrida de grande expectativa que tinha como atractivo o duelo João Moura – Diego Ventura, com a curiosidade e desejo de muitos aficionados poderem ver estas duas Figuras da Festa depois dos seus recentes triunfos alcançados nas arenas portuguesas, caso de Moura a 10 de Junho em Santarém e Diego Ventura no Campo Pequeno a 30 de Junho Corrida Flash, completava o cartel João Moura Caetano que esteve em plano de triunfo sem corte de orelhas numa Corrida de Rejoneio realizada na recente Feira de Santo Isidro em Madrid.

Estiveram em praça dois dos mais conceituados Grupos de Forcados, Amadores de Alcochete e Aposento da Moita.

Lidaram-se seis Novilhos da Ganadaria de D. Maria Guiomar Cortes de Moura, que  estavam bem apresentados e eram todos de pelagem preta.

Aqui fica o meu registo do que vi ontem à noite nesta agradável Corrida de Toiros.

Primeira parte da Corrida:

João Moura, lidou o primeiro novilho da noite com o peso de 510 quilos e o número 68.

Cravou dois ferros compridos ficando o primeiro um pouco descaído, mas corrigiu e o segundo foi de melhor colocação, depois de ter executado boa brega. Muda de montada e crava uma série de quatro ferros curtos de boa nota com destaque para o quarto que foi de elevada nota, ou seja muito bom, pelo que consideramos este como sendo o seu melhor ferro nesta lide. Embora tenha caído na arena durante esta lide, pois o cavalo escorregou num momento de ladeio junto à trincheira em frente ao Sector 3, não deixou de ser o cavaleiro a que todos estão habituados de ver, pois ficou ainda com mais garra para prosseguir a sua actuação, culminando a lide deste primeiro com dois ferros de palmo a pedido do público, sendo o segundo o de melhor execução. Lide de Triunfo.

Diego Ventura, lidou o quinto novilho da noite com o peso de 515 quilos e o número 53. Saíu à praça o quinto novilho, por o novilho que lhe correspondia lidar em segundo lugar não estar nas melhores condições físicas, pelo que após a colocação do segundo ferro comprido, o Delegado da corrida mandou recolher aos currais este exemplar, embora tenha pecado na sua tardia decisão, pois só mandou recolher este exemplar depois do cavaleiro ter cravado dois ferros, quando muitos espectadores já se tinham manifestado por acharem e bem que o mesmo não estava nas melhores condições.

Cravou dois ferros cumpridos de boa colocação e nota. Muda de montada e deixa uma série de quatro ferros curtos sendo o quarto muito bom, a pedido do público e depois de mudar de novo de montada crava um par de bandarilhas em terrenos de dentro, de perfeita colocação depois de ter cravado meio par. Agradável actuação deste cavaleiro português radicado em Puebla del Rio desde muito jovem.

João Moura Caetano, lidou o terceiro novilho com o peso de 535 quilos e o número 56.

Cravou dois ferros compridos, o primeiro ficou um pouco descaído e o segundo foi de melhor colocação, após boa brega. Muda de montada e crava uma série de quatro ferros curtos, sofrendo um toque na montada no terceiro ferro, destaco o segundo ferro que foi o de melhor nota. A pedido do público crava mais um ferro de muito boa nota.

 

2ª. Parte

João Moura, lidou o quarto novilho com o peso de 570 quilos e o número 41.

Cravou dois ferros compridos de boa nota colocação. Muda de montada e crava uma série de quatro ferros curtos, com destaque para o segundo que foi o melhor de todos e para o quarto. A pedido do público crava dois ferros de palmo de boa colocação, o público está satisfeito e pede a Moura para cravar mais um ferro pelo que resolve mudar de montada e trazer um cavalo que gosta de morder os toiros, crava mais um ferro de palmo de muito boa qualidade e colocação.

Mais uma actuação de excelente qualidade, com boa braga, com cites frontais de praça a praça, abrindo o quarteio próximo do toiro, levando-nos a recuar no tempo e relembrar actuações de grande mérito deste Maestro do toureio.

Diego Ventura, lida então o sobrero com o peso de 520 quilos e como o número 42.

Crava dois ferros compridos de boa colocação. Muda de montada e crava uma série de quatro ferros curtos com realce para o seu segundo ferro que foi o melhor da série e para os o terceiro e quarto ferros que foram de muito boa qualidade. A pedido do público que pede para cravar mais um ferro, muda de montada, trazendo à arena o famoso “Morante”, cavalo ruço de ferro lusitano que morde nos toiros e crava mais um curto de boa nota. O público satisfeito pede para cravar mais um ferro e desta feita crava um par de bandarilhas de palmo de muito bom efeito e de qualidade. Actuação grande, levando muitos espectadores a aplaudirem este cavaleiro de pé em quase todos os sectores.

João Moura Caetano, lida o sexto e último novilho com o peso de 570 quilos e o número 63.

Crava dois ferros compridos , ficando o primeiro um pouco descaído sendo o segundo bom. Muda de montada e crava uma série de três ferros curtos de boa nota com destaque para o segundo que foi o melhor destes três, muda de novo de montada e crava mais dois ferros curtos de boa nota. A pedido do público e depois de mudar de novo de montada crava mais um ferro desta feita de palmo e boa nota.

Gostámos de ver este Jovem Cavaleiro, mas nos pareceu estar num dia de menor inspiração, pois nem sempre chegou com força às bancadas. Será fruto do infortúnio que teve em Madrid ao perder o seu melhor cavalo da quadra de seu nome “Passapé”? Espero poder em breve vê-lo em noite ou tarde de maior confiança e ter uma actuação ao nível de outras que já teve na presente temporada.

No que diz respeito à actuação dos dois Grupos de Forcados, foi uma noite de glória e triunfo, pois conseguiram pegar todos os novilhos à primeira tentativa, os dois últimos novilhos foram pegados pelos respectivos cabos.

Pelo Grupo de Alcochete foram caras:

1º. Novilho – João Pedro de Sousa que executou uma boa pega;

3º. Novilho – Nuno Santana que executou uma rija pega;

5º. Novilho – Vasco Pinto cabo deste grupo executou uma rija e dura pega, sendo a melhor da noite.

Pelo Grupo do Aposento da Moita, foram caras:

2º. Novilho – Nuno Inácio numa rija e emotiva pega;

4º. Novilho - Pedro Brito de Sousa faz uma boa pega;

6º. Novilho – Tiago Ribeiro executa uma grande pega, sendo a segunda melhor da noite.

Uma palavra de apreço para o jogo de cabrestos e para os campinos da Casa Agrícola de D. Felicidade Dias de Benavente que estiveram dentro das suas possibilidades bem na condução do jogo de cabrestos e recolha dos toiros.

Corrida dirigida pelo Delegado Técnico do IGAC, Senhor António José Martins, bandarilheiro retirado, que foi assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Carlos Santos.

Todos os Artistas escutaram música durante as suas actuações e deram volta à arena na companhia dos forcados.

Corrida abrilhantada pela Banda do Montijo

 

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