Verde pálido na Corrida Sportinguista na Arena d´Évora
26 de Julho de 2011 - 17:43h | Crónica por: Ana Rita Linhan - Fonte: - Visto: 2834 |
Um verde pálido marcou a Corrida Sportinguista na Arena d´Évora, com meia casa preenchida, em disputa estava os Troféus para a Melhor Lide a Cavalo e Melhor Pega. A corrida ficou marcada pela entrega dos artistas, diante de um curro manso e escasso em apresentação de Fernandes Castro.
Estava anunciado uma competição entre profissionais e praticantes, em praça estiveram os cavaleiros Rui Salvador, Vítor Ribeiro, Ana Batista, Salgueiro da Costa, Soller Garcia e Mateus Prieto. As pegas estavam a cargos dos Amadores de Montemor e Évora.
Abriu a função o cavaleiro Rui Salvador, diante um manso de 500Kg. que pouco transmitia. O cavaleiro de Tomar andou correcto e esforçado, ou não fosse conhecido como o cavaleiros dos ferros impossíveis. Rui Salvador pisou os terrenos de compromisso para levar a melhor perante tão escassa matéria-prima.
Vítor Ribeiro deparou-se com um toiro “colorau” de 550Kg., este bem apresentado, embora “paradote”, permitiu uma boa agradável ao cavaleiro. Vítor iniciou bem a lide com compridos bem colocados e nos curtos esteve correcto com ferros de frente, terminando a lide com um bom ferro de palmo.
A cavaleira Ana Batista não teve a melhor sorte, diante um manso de 520Kg., andando ao seu estilo. Preparou bem as sortes e com todo o seu classicismo cumpriu a função que lhe estava confiada.
Quanto aos jovens cavaleiros praticantes, abriu a função Salgueiro da Costa e diga-se que lhe calhou a fava desta corrida, além de mal apresentado, o toiro de 520Kg. era manso e praticamente não investia. O cavaleiro andou esforçado, mas demorou algum tempo a iniciar a colocação da ferragem comprida com muitas passagens em falso. Nos curtos esteve melhor e muito pode agradecer ao seu excelente cavalo árabe que pisou terrenos de compromisso para colocar os ferros. O jovem cavaleiro de dinastia reconheceu que não esteve no seu melhor e recusou dar volta a praça. Um exemplo a seguir por certos e determinados cavaleiros de alternativa…
Soller Garcia teve a sorte do seu lado e aqui o ditado “não há quinto que seja mau”cumpriu-se. João soube tirar partido das boas condições de lide um toiro de 560Kg. e nos curtos com o cavalo de ferro Luís Rouxinol do seu mestre Vítor Ribeiro, Soller Garcia esteve por cima, com sortes de frente com ligeiras batidas ao piton contrário do toiro, a justificar o Troféu de Melhor Lide a Cavalo.
Quanto ao último cavaleiro praticante, Mateus Prieto teve por diante um toiro de 520Kg. mostrou algum desembaraço, até ás vezes demais… Mateus tem garra e algumas qualidades, mas falta-lhe ainda “traquejo” para uma melhor colocação da ferragem comprida e curta, só mostrando uma colocação correcta nos ferros de “violino”, que chegaram facilmente ao público. Mas o toureio a cavalo português ainda de baseia essencialmente em ferros de frente e é isso que o cavaleiro deve melhorar, sem nunca por em causa a entrega do jovem ginete.
Quanto à forcadagem a noite não foi muito fácil. Pelos Amadores de Montemor pegaram João Caldeira à segunda, João Cabral, à primeira e uma excelente pega sendo premiada com o Troféu para Melhor Pega e Frederico Caldeira, à quinta depois de dobrar João Braga.
Pelos Amadores de Évora pegaram Gonçalo Guerreiro à primeira, Gonçalo Pires e Cláudio por cernelha à terceira entrada e José Miguel Martins à quarta tentativa após dobrar Manuel Sousa Dias à segunda tentativa.
Dirigiu com acerto Sr. Agostinho Borges.