Triunfos de Salvador, Ribeiro e Forcados de Queretaro
03 de Julho de 2011 - 19:09h | Crónica por: José Vogado - Fonte: - Visto: 2458 |
Monumental Praça de Toiros “Amadeu Augusto dos Santos”
Sábado, 02 de Julho de 2011 – Início às 22 horas, lotação preenchida cerca de três quartos.
Tradicional Corridas Flores
Cartel composto pelos Cavaleiros Joaquim Bastinhas – Rui Salvador e Vitor Ribeiro
E pelos Grupos de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica do Montijo – Aposento do Barrete Verde de Alcochete e Queretaro
Seis Toiros da Ganadaria Portuguesa de Infante da Câmara, com pesos entre os 486 e os 555 quilos, que cumpriram na generalidade com destaque para os exemplares lidados em segundo e sexto.
1ª. Parte da Corrida
Joaquim Tenório “Bastinhas”, lidou o primeiro toiro de pelagem preto salpicado (negro salpicado), com o número 75 e o peso de 505 quilos, sempre preocupado em lidar e bregar bem, cravou dois ferros de boa colocação.
Mudou de montada e cravou uma série de quatro ferros curtos de boa colocação, com destaque para o segundo e terceiro ferros.
No final da lide o público pediu com insistência o par de bandarilhas, mas o cavaleiro achou que não devia cravar e não acedeu aos pedidos. Teve uma actuação bastante agradável.
Rui Salvador, lidou o segundo toiro da noite de capa preta bragado meado (bragado corrido), com o número 86 e o peso de 555 quilos, cravou dois ferros compridos de boa colocação, com destaque para o segundo. Muda de montada e crava uma série de quatro ferros curtos de muito boa colocação, a pedido do público cravou mais um ferro de excelente nota. Lidou um toiro encastado perante o qual teve uma grande atuação.
Vitor Ribeiro, lidou o terceiro toiro de capa preto meado (negro meano), que tinha o número 91 e o peso de 486 quilos, cravou dois bons ferros compridos, sem mudar de montada, cravou uma série de quatro ferros curtos. Atuação muito agradável deste cavaleiro.
2ª. Parte da Corrida, bem diferente da primeira
Joaquim “Bastinhas”, lidou o quarto toiro da noite de pelagem preta, com o número 2 e o peso de 500 quilos, cravou dois ferros compridos de boa nota, sendo o segundo em terrenos apertados, muda de montada e crava uma série de dois ferros curtos de boa nota, sendo o segundo o melhor.
Mudou de novo de montada para cravar mais um ferro curto e a pedido de público crava mais um ferro desta feita de palmo e a seguir então o tão desejado par a duas mãos. Mais ferros de qualidade e de boa colocação, perante um exemplar mais difícil de lidar que o seu primeiro, mas mesmo assim teve uma atuação com mérito, não deixando os seus créditos por mãos alheias.
Rui Salvador, lidou o quinto toiro da noite, um exemplar preto meano, com o número 5 e o peso de 520 quilos, se na primeira parte lhe coube lidar o melhor toiro da noite, na segunda parte, lidou o pior toiro, cravou três ferros três compridos, de boa nota com destaque para o segundo que foi o melhor de todos. Muda de montada e crava uma série de três ferros curtos de boa nota com destaque para o segundo. Mais não pôde fazer devido às características do seu oponente, que cedo criou querença junto das tábuas. Face ao exemplar que apanhou, teve uma atuação de mérito.
Vitor Ribeiro, lidou o sexto e último toiro da noite de pelagem preta, com o número 19 e o peso de 510 quilos, um exemplar reservado mas que proporcionou uma agradável e exitosa lide a este cavaleiro. Cravou uma série de dois ferros compridos, um pouco traseiros. Mudou de montada e cravou uma série de quatro ferros curtos, de boa nota com destaque para o segundo e terceiro, sendo o quarto o melhor de todos, a pedido do publico cravou mais um ferro, este de palmo de boa colocação.
Das lides e faenas a cavalo, passamos para os momentos também muito interessantes que são as pegas e que fazem parte da nossa cultura e tradição taurina.
Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica do Montijo – Cabo Márcio Chapa, pegaram o primeiro e quarto toiros.
Foi cara no primeiro o forcado Luis Friezas que depois de citar bem, mas não tendo tempo para se fechar sofreu um forte derrote ficando no chão inanimado, sendo substituido por um colega que com ajuda carregada consumou a pega;
No quarto foi cara o cabo do grupo Márcio Chapa, que consumou uma rija pega à primeira.
Grupo de Forcados Amadores do Aposento do Barrete Verde de Alcochete – Cabo João Salvação, pegaram o segundo e quinto toiros.
Foi cara no segundo da noite o cabo João Salvação que executou e consumou uma enorme e rija pega, aguentando sozinho na cabeça do toiro vários derrotes, acabando por a mesma ser consumada com a ajuda de todos os restantes elementos em, praça. Foi como se diz na gíria UM PEGÃO.
No quinto da noite foi forcado da cara, Tiago Paixão, que consumou a pega após quatro tentativas em sorte de sesgo.
Grupo de Forcados Amadores de Queretaro – Cabo Antonio Vera
Pegaram o terceiro e sexto da noite.
Foi cara do terceiro o forcado um forcado que nos foi possível apurar o seu nome, executando a pega à segunda tentativa, sendo muito bem ajudado pelos colegas.
No sexto e último toiro foi cara o cabo do grupo Antonio Vera, que consumou uma rija pega à primeira tentativa.
Estava em disputa o troféu Festas de São Pedro para a melhor pega, decidiu o Júri atribuir o Troféu ao Grupo de Queretaro, mais em concreto ao cabo que foi cara do sexto da noite.
Na nossa opinião a melhor pega da noite foi sem dúvida a pega de João Salvação ao segundo toiro da noite, mas não discordamos com a decisão do júri ao atribuir o troféu ao forcado que executou e consumou a pega do sexto toiro, a qual foi também uma pega rija e dura, sem no entanto ter a emoção e brilho que teve a pega do segundo. Critérios que respeitamos.
Estiveram sempre bem os Bandarilheiros nos momentos de brega.
Estiveram igualmente bem os Campinos da Casa Agrícola do Engenheiro José Samuel Lupi, na condução e maneio do jogo de cabrestos no momento da recolha dos toiros.
Corrida dirigida pelo Representante do IGAC (Inspecção Geral de actividades Culturais), o Matador de Toiros retirado António dos Santos.
A Corrida foi abrilhanda pela Banda do Montijo.
Noite de solidariedade em termos de brindes repartidos entre os vários elementos actuantes na noite de ontem. Atitude bonita de se ver sempre numa Corrida de Toiros.