R´s Triunfam em Évora
Rui Salvador, Rouxinol e Ribeiro triunfaram na Corrida de S. Pedro em Évora.
30 de Junho de 2010 - 23:55h | Crónica por: Luís Gamito - Fonte: - Visto: 1932 |
Corrida dos 60 anos da apresentação da Ganadaria Murteira Grave com perto de três quartos de praça.
Na arena, seis cavaleiros de diferentes gerações apostados em triunfar, dada a importância da Tradicional Corrida de S. Pedro de Évora, Joaquim Bastinhas, Rui Salvador, Luís Rouxinol, Vítor Ribeiro, Marcos Bastinhas e Soller Garcia.
Pegavam a solo o curro Grave Forcados os Amadores de Évora, capitaneados por Bernardo Patinhas.
Abriu praça o cavaleiro Joaquim Bastinhas diante de um toiro "colorau" de 540Kg. A lide resultou em pouco ou nada e não foi só devido ás escassas qualidades de lide do toiro, que se limitou em fixar-se em todos os movimentos na trincheira e essencialmente nas bancadas, porque durante a lide de Bastinhas, entrava ainda muito publico na praça e circulavam na praça sem respeitar o cavaleiro, prejudicando o seu labor. O cavaleiro de Elvas limitou-se a colocar a ferragem da ordem sem ter direito a música.
Rui Salvador em ano de comemoração dos 25 anos de alternativa, não defraudou as expectativas e a animação depressa contagiou as bancadas. Diante de um toiro de 550Kg, Salvador andou a gosto perante um toiro de investida escassa que "obrigou" a algumas passagens em falso nos curtos, mas mesmo assim, o cavaleiro dos "ferros impossíveis" arriscou e pisando terrenos de compromisso colocou ferros de grande efeito. De realçar a pouca intervenção dos bandarilheiros na colocação do toiro para a sorte, cabendo isso ao cavaleiro.
Ao cavaleiro Luís Rouxinol calhou em sorte o toiro mais pesado da corrida com 590Kg e o melhor do lote. Rouxinol perante tão forte concorrência não teve com meias medidas e sacou um grande triunfo. Mais uma vez nesta lide verificámos o porquê de Luís Rouxinol ser um cavaleiro que há muitos anos está entre os cavaleiros que mais toureia, devido à sua constante regularidade. O cavaleiro de Pegões teve a gosto com o toiro, cravando a ferragem curta a curta distância entrando na cara do toiro e chegando facilmente ás bancadas. A lide até deu para ir buscar o veterano e consagrado Mustang, para fechar com chave de oiro com um ferro de palmo e um bom par de bandarilhas.
Vítor Ribeiro que este ano atravessa um bom momento de forma teve mais uma boa prestação em Évora. Recebeu bem o toiro de 520Kg levando-o na garupa do cavalo para o centro do "ruedo", colocando de seguida bem a ferragem comprida. Nos curtos manteve o mesmo nível de lide pisando terrenos de compromisso cravando bons ferros. Fechou a lide com um quiebro de parar a respiração de execução perfeita colocando a bancada em êxtase.
Marcos Tenório que tem vindo a rubricar boas actuações, acusou um pouco o peso de responsabilidade. Diante de um toiro de 540Kg, colocou a ferragem comprida descaída, tentou emendar a mão nos curtos e com ganas de triunfar nem sempre as coisas correram de feição, no entanto teve o devido reconhecimento do publico. Terminou a lide com um bom ferro de palmo.
Fechou praça o cavaleiro praticante Soller Garcia. É um jovem cavaleiro que mostra garra e maneiras para ser figura de toureio. E tal como Marcos Bastinhas, Soller Garcia teve algumas precipitações e impôs por vezes alguma velocidade excessiva nas lides. Perante um toiro de 540Kg que cortava terrenos, o cavaleiro teve que se aplicar. Os compridos resultaram um pouco descaídos e nos curtos andou regular, preparando bem as sortes e sempre conectado com o público. Fechou a noite com um bom ferro de palmo.
No capitulo da forcadagem, pegaram Manuel Rovisco, à primeira, Bernardo Patinhas, à terceira, João Pedro Oliveira, à primeira (pega da noite), Vasco Fernandes, à primeira, Gonçalo Mira e Manuel Rovisco de cernelha, à segunda e António Alfacinha à primeira.
Quanto aos toiros da Herdade da Galeana, estavam todos bem apresentados, embora tivessem um comportamento de mansos, mas manejáveis excepto o primeiro.
Uma palavra de apresso para o bom trabalho que o campinos desempenharam.