Triunfos de Rouxinol e Ribeiro
II Grande Corrida de Toiros IHC
13 de Agosto de 2010 - 20:05h | Crónica por: José Vogado - Fonte: - Visto: 1817 |
II Grande Corrida de Toiros IHC
Praça de Toiros de Alcochete
Empresa: Toiros & Tauromaquia, Lda.
Terça-Feira, 10 de Agosto de 2010
Comemoração do 45º. Aniversário do Grupo de Forcados do Aposento do Barrete Verde.
Cavaleiros: Luís Rouxinol – Vítor Ribeiro e Manuel Lupi
Grupo de Forcados Amadores do Aposento do Barrete Verde, cabo João Salvação.
6 Toiros das Ganadarias Espanholas: Campos Peña (1º. 5º. e 6º.) e José Luís Pereda (2º. 3º. e 4º.), com pesos entre 560 e os 660 quilos, com trapio e idade.
Delegado do IGAC – Senhor Manuel Jacinto, bandarilheiro retirado.
Assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Carlos Santos
Banda de Música da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete.
Noite agradável de temperatura, para presenciar uma corrida numa praça de bom ambiente taurino. Casa cheia, quase esgotada.
Luís Rouxinol, lidou o primeiro toiro da noite de capa ou pinta negra, o qual saiu dos curros a coxear dos quartos traseiros. Antes de começar a cravar os ferros deveria ter aguardado alguns segundos no sentido de ver se o toiro recuperava.
Cravou dois ferros compridos e dois curtos de boa colocação.
Não entendemos porque após cravar o segundo curto, solicitou autorização ao Director para se retirar da arena e assim dar por finda a sua actuação. O toiro tinha por certo mais lide.
Vítor Ribeiro, lidou o segundo exemplar da noite, castanho chorreado, cravou três ferros compridos de boa colocação, e depois de mudar de montada cravou uma série de quatro ferros curtos entre os quais se destacou os cravados em primeiro e segundo que foram bons. O terceiro foi excelente, a pedido do público cravou um quinto de muito bom nota. Esteve em muito bom plano.
Manuel Lupi, lidou o terceiro exemplar de pelagem negro, cravou três ferros compridos, o primeiro como ferro de castigo, o 2º. e 3º. ficaram descaídos. Muda de montada e crava uma série de quatro curtos, sendo o último o de melhor nota.
Luís Rouxinol, lidou o quarto toiro da noite de pelagem castanho albardado, crava uma série de dois ferros compridos de boa nota, muda de montada e crava uma série de cinco ferros curtos, sendo o último em sorte de violino e de boa colocação depois crava mais um ferro de palmo e finaliza a sua actuação com o já habitual par de bandarilhas, sofrendo um toque na montada. Actuação de grande nível, proporcionando-lhe assim um grande triunfo.
Vítor Ribeiro, lidou o quinto de pelagem negra, cravou uma série de dois ferros compridos de boa nota, muda de montada e passa para a série dos curtos, cravando quatro curtos, sendo os dois primeiros de boa nota, o terceiro excelente, e o quarto sem brilho por falta de colaboração do toiro que veio de mais a menos, ainda crava um quinto a pedido do público em sorte de violino.
Manuel Lupi, coube-lhe lidar o sexto exemplar de pelagem negra, cravou uma série de dois ferros compridos desiguais na colocação, e depois de mudar de montada cravou uma série de quatro ferros curtos, sendo o terceiro o de melhor nota.
Em noite de comemoração, os rapazes da Jaqueta das Ramagens do Aposento, não tiveram uma noite muito fácil, pois alguns toiros levantaram muitos problemas no momento de serem pegados.
No entanto todos os forcados estiveram com empenho, garra e valentia perante todos os toiros saídos à arena.
Para pegar o primeiro da noite saiu o forcado Rui Gomes, que não conseguiu pegar o mesmo após duas tentativas, saindo lesionado pelo que foi dobrado por Adriano Nunes, que executou uma rija pega à córnea.
O segundo por decisão do cabo tentaram pegar de cernelha pelo que saltaram à arena os forcados António Sequeira e Ricardo, que não conseguiram pegar em virtude do toiro não encabrestar, e após varas tentativas, foi decidido o mesmo ser pegado de caras e em sorte a sesgo, (uma sorte hoje em dia muito utilizada), foi então consumada a pega através de Pedro Bicho à segunda tentativa e com as ajudas em cima.
O terceiro foi pegado ao segundo intento pelo forcado João Timóteo, que sofreu fortes derrotes e teve de recorrer igualmente à sorte em sesgo, e à ajuda do grupo e de outros elementos que saltaram para assim se concretizar esta dura pega.
O quarto toiro foi pegado por Paulo Jorge numa rija pega à segunda tentativa, depois de dar a volta à praça despiu a jaqueta e entregou ao cabo.
O quinto foi pegado à primeira tentativa através do anterior cabo do Aposento Luís Miguel Cebola, que executou uma rija pega, sendo muito bem ajudado pelo grupo e demonstrando assim que quem sabe nunca esquece, foi uma das pegas da noite.
O sexto toiro, exemplar reservado, proporcionou uma rija pega ao actual cabo João Salvação, com o grupo a ajudar bem.
Quando saiu dos curros o primeiro toiro alguns espectadores assobiaram e protestaram ruidosamente, exigindo que o mesmo fosse recolhido e substituído por outro exemplar. Esqueceram-se os mesmos de protestar quando saíram à arena os exemplares lidados em 4º. e 6º.lugar. No entanto estes toiros acabaram por ficar em condições de lide, pois sempre arrancaram bem quando foi necessário, quer para os cavaleiros, bandarilheiros e até mesmo para os forcados.
Os nossos parabéns por a Empresa Toiros & Tauromaquia de Alcochete, manter qualidade na montagem dos cartéis, os quais são variados e atractivos, com seriedade nos toiros, aonde sai o Toiro-Toiro, o que levam os aficionados a se deslocarem a esta simpáctica e acolhedora vila aficionada, para presenciar as corridas de toiros que se realizam anualmente inseridas nas Festas do Barrete Verde e das Salinas, estas da são organizadas pela Colectividade do Aposento.