Moura espalha maestria pelo Redondo
Torearam no Redondo, nesta tarde chuvosa de Abril, os cavaleiros João Moura , Manuel Lupi,Tiago Carreiras e ainda o amador Miguel Moura. Lidaram-se toiros de Rio Frio e Samuel Lupi e pegaram os forcados de Vila Franca de Xira e de Redondo.
18 de Abril de 2010 - 18:37h | Crónica por: Pedro Foles - Fonte: - Visto: 2021 |
Torearam no Redondo, nesta tarde chuvosa de Abril, os cavaleiros João Moura , Manuel Lupi,Tiago Carreiras e ainda o amador Miguel Moura. Lidaram-se toiros de Rio Frio e Samuel Lupi e pegaram os forcados de Vila Franca de Xira e de Redondo.
Abriu a corrida João Moura, recebendo o seu primeiro no centro da arena e colocando-lhe 2 compridos da ordem a tira, de seguida foi buscar o expressivo Merlim para lidar este Lupi escasso de forças e que só investia quando o cavaleiro lhe pisava os terrenos. A lide acabou por resultar devido ao esforço do cavaleiro em meter o Merlim pelo toiro dentro, acabando por brindar o pùblico com uma lide agradável. No segundo toiro saiu à praça no Mel e Noz, recebendo-o de forma exemplar. Depois de 2 tiras foi buscar o Pereda para dar uma lide cheia de garra, pondo a vontade que o toiro não tinha, e ai sim o maestro de Monforte espalhou toda a sua classe e capacidade lidadora pela arena do Redondo, com ferros e recortes bastante cingidos, empolgando as bancadas, e demontrando o porquê de 9 portas grandes em Las Ventas e mais de 30 anos como primeira figura.
Manuel Lupi lidou em segundo lugar um toiro da casa algo debilitado e com pouca força, dando-lhe uma lide correcta mas pouco emotiva devido à escassa emoção que o toiro transmitia. No seu segundo, recebeu o toiro de forma correcta, e de seguida foi buscar um ruço com o ferro Sociedade das Silveiras com bastante classe e pormenores toureiros. Aqui a lide subiu de tom. De seguida ainda foi buscar outro cavalo ruço que faz uma ligeira batida mas que nada de novo trouxe à lide, lide essa que acabou por ser agradável mas sem grande impacto.
Em treceiro lugar toureou Tiago Carreiras, que no seu primeiro não entendeu o toiro que lhe saiu em sorte trocando varias vezes de cavalo, resultando numa lide com pouca história. Para o seu segundo saiu montado no experiente Telis, com ferro Paulo Caetano, recebendo o maior toiro da corrida de forma correcta, dobrando-se bem com ele e mostrando que vinha com vontade de agradar o público. Depois de 2 tiras frontais foi buscar o conhecido Quirino, cavalo que respira o toureio por todos os seus poros e dotado de umas capacidades fisicas que não estão ao alcance de todos. Com o poderoso lazão, Carreiras imprimiu um toureio de verdade com viagens rectas, para rematar com adornos carregados de sentimento, sofrendo alguns toques na montada, toques estes derivados da vontade e da verdade que Carreiras pôs no momento do ferro, mas que são logicamente de evitar.
As pegas resultaram todas à primeira tentativa por parte dos 2 grupos, excluindo o ultimo toiro que tocaria ao grupo de Redondo mas que o director de corrida mandou recolher por estar desembolado.
No final Miguel Moura lidou um novilho de forma correcta e ao bom estilo da casa Moura , lide que agradou ao público apesar de artisticamente não trazer nada de novo ao espectáculo em si. O novilho foi pegado sem problemas por elementos dos dois grupos.