Festival de Beneficência com pegas rijas em Évora
Festival de Beneficência a favor da Cáritas na Arena d´Évora com pegas rijas.
02 de Novembro de 2009 - 10:42h | Crónica por: Luís Gamito Fragoso - Fonte: - Visto: 2425 |
Como vem sendo habitual na Arena d´Évora, pela mão da empresa Terra Brava, o encerro da temporada culmina com um Festival de Beneficência.
Este ano as receitas foram a favor da Cáritas Diocesana de Évora e felizmente o público apareceu, divertiu-se e assistiu a um bom Festival, que em nada ficou a dever a determinadas corridas de touros de já assistimos, tanto a nível de espectáculo como de público, que preenchia pouco mais que meia casa.
Neste Festival estavam anunciados o cavaleiro Francisco Núncio, cavaleiros praticantes Tomás Pinto, João Soller Garcia, cavaleiros amadores Francisco Zenkl, Manuel Vacas de Carvalho e Mateus Prieto.
As pegas estiveram a cargo do Grupo de Forcados "EBORENSES", composto só por forcados naturais de Évora.
Foram lidados seis Novilhos-Toiros de Manuel Coimbra, Murteira Grave, Passanha, Pégoras, e Sociedade Agríc. Rio Frio.
Iniciou a função o experiente cavaleiro de alternativa Francisco Núncio, embora pouco rodado este ano nestas andanças, mostrou que deveria ser um cavaleiro a ter em conta nos cartéis das nossas arenas. Lidou um exemplar de Herdade de Pégoras, recebeu bem o toiro e colocou três bons compridos a abrir. Para os curtos trocou de montada preparou muito bem as sortes e esteve muito certo na colocação da ferragem, com destaque para uma brega repleta de classicismo e temple, aquilo que pouco já se vê nos nossos ruedos.
Tomás Pinto lidou um exemplar de 470 kg de Manuel Coimbra e embora estivesse bem na ferragem comprida nos curtos foi uma autêntica desilusão. Mostrou muito vontade e determinação mas a lide não resultou.o cavaleiro tinha pela frente um toiro com muita codicia que se atravessava ao cavalo no momento da reunião, atingindo o cavalo por várias vezes e algumas delas com muita violência. Não se põe em causa o valor deste cavaleiro de dinastia, mas há tardes que as coisas não resultam e esta foi uma delas.
A lide do 3º da corrida, um exemplar de Rio Frio de 470 kg coube a Francisco Zenkl, também ele o cavaleiro de dinastia. Já tínhamos assistido a uma agradável presença em Vendas Novas e agora em Évora voltou a estar em bom plano. Recebeu muito bem um toiro que saiu com muita pata a ameaçar saltar a trincheira. Na ferragem comprida não esteve nada bem na colocação, no entanto nos curtos a lide teve outro resultado. Adepto também de um toureio clássico e diante de um bom toiro preparou bem as sortes, levando o astado na garupa do cavalo e a lide surgiu com a naturalidade de quem faz as coisas bem feitas.
O 4º exemplar da tarde da casa Murteira Grave de 505 kg foi lidado pelo praticante João Soller Garcia. Iniciou a sua lide com um ferro comprido muito bom e um segundo regular. Nos curtos após trocar de montada o primeiro ferro ficou muito traseiro mas emendou a mão no segundo. Trocou de novo de montada mas a lide baixou um pouco de nível, com o cavaleiro a permitir alguns toques na montada, mas a mostrar muitas ganas de toureio. O toiro que lhe coube em sorte pouco ajudou para o brilhantismo da lide, porque era um manso que se colocava no centro da arena com investidas bruscas sobre a montada.
O quinto toiro da corrida, um Passanha de 420 kg coube ao cavaleiro amador, Manuel Vacas de Carvalho. Iniciou a função com um comprido traseiro e dois regulares. Nos curtos mostrou que é um cavaleiro em evolução a mostrar bons pormenores na preparação dos ferros e a ir de frente para o toiro, a levantar a mão bem no alto no momento da reunião embora a colocação dos ferros ainda não seja a melhor.
O sexto e último exemplar da noite pertencia há Herdade de Pégoras tinha 460 kg e foi lidado pelo amador Mateus Prieto. Começou a sua lide com dois bons compridos com destaque para o primeiro. Para os curtos trouxe nova montada e os primeiros dois ferros foram descaídos mas emendou no terceiro. Trocou novamente de montada para a colocação de três ferros violino e um ferro de palmo. Embora os violinos tenham sido muito bem executados, três ferros acho que é demais É certo que empolgou as bancadas, mas é certo também que o toureio a cavalo e à portuguesa tem como base as sortes frontais e isso não foi muito mostrado por este jovem cavaleiro, que certamente ambiciona um dia chegar a figura do toureio a cavalo. Contudo é um jovem que mostrar muita garra e certamente terá ainda uma grande margem de progressão.
Quanto ao Forcados "Eborenses", a tarde não foi nada fácil com os oponentes a pedirem contas aos forcados e a não facilitarem. Pegou à 2ª Vasco Fernandes (Évora), Tomás Borges (Montemor) foi dobrado vítima de uma colhida muito violente, por Manuel Ramalho (Montemor) que executou a pega à 1ª tentativa. Gonçalo Guerreiro (Évora) à 2ª tentativa, Ricardo Casas Novas (Évora) à 2ª tentativa, Manuel Murteira (Santarém) grande pega à 1ª tentativa e Duarte Almeida (Évora) à 2ª tentativa.
Quanto aos novilhos-toiros em praça, embora alguns não primassem pela apresentação todos eles colaboraram para um bom espectáculo que correu a um excelente ritmo e com bastantes motivos de interesse.Arena d´Évora até para o Ano.
De realçar, como não podia deixar de ser a presença da Directora da Cáritas de Évora e do Sr. Bispo de Évora, D. José Alves.
Este ano as receitas foram a favor da Cáritas Diocesana de Évora e felizmente o público apareceu, divertiu-se e assistiu a um bom Festival, que em nada ficou a dever a determinadas corridas de touros de já assistimos, tanto a nível de espectáculo como de público, que preenchia pouco mais que meia casa.
Neste Festival estavam anunciados o cavaleiro Francisco Núncio, cavaleiros praticantes Tomás Pinto, João Soller Garcia, cavaleiros amadores Francisco Zenkl, Manuel Vacas de Carvalho e Mateus Prieto.
As pegas estiveram a cargo do Grupo de Forcados "EBORENSES", composto só por forcados naturais de Évora.
Foram lidados seis Novilhos-Toiros de Manuel Coimbra, Murteira Grave, Passanha, Pégoras, e Sociedade Agríc. Rio Frio.
Iniciou a função o experiente cavaleiro de alternativa Francisco Núncio, embora pouco rodado este ano nestas andanças, mostrou que deveria ser um cavaleiro a ter em conta nos cartéis das nossas arenas. Lidou um exemplar de Herdade de Pégoras, recebeu bem o toiro e colocou três bons compridos a abrir. Para os curtos trocou de montada preparou muito bem as sortes e esteve muito certo na colocação da ferragem, com destaque para uma brega repleta de classicismo e temple, aquilo que pouco já se vê nos nossos ruedos.
Tomás Pinto lidou um exemplar de 470 kg de Manuel Coimbra e embora estivesse bem na ferragem comprida nos curtos foi uma autêntica desilusão. Mostrou muito vontade e determinação mas a lide não resultou.o cavaleiro tinha pela frente um toiro com muita codicia que se atravessava ao cavalo no momento da reunião, atingindo o cavalo por várias vezes e algumas delas com muita violência. Não se põe em causa o valor deste cavaleiro de dinastia, mas há tardes que as coisas não resultam e esta foi uma delas.
A lide do 3º da corrida, um exemplar de Rio Frio de 470 kg coube a Francisco Zenkl, também ele o cavaleiro de dinastia. Já tínhamos assistido a uma agradável presença em Vendas Novas e agora em Évora voltou a estar em bom plano. Recebeu muito bem um toiro que saiu com muita pata a ameaçar saltar a trincheira. Na ferragem comprida não esteve nada bem na colocação, no entanto nos curtos a lide teve outro resultado. Adepto também de um toureio clássico e diante de um bom toiro preparou bem as sortes, levando o astado na garupa do cavalo e a lide surgiu com a naturalidade de quem faz as coisas bem feitas.
O 4º exemplar da tarde da casa Murteira Grave de 505 kg foi lidado pelo praticante João Soller Garcia. Iniciou a sua lide com um ferro comprido muito bom e um segundo regular. Nos curtos após trocar de montada o primeiro ferro ficou muito traseiro mas emendou a mão no segundo. Trocou de novo de montada mas a lide baixou um pouco de nível, com o cavaleiro a permitir alguns toques na montada, mas a mostrar muitas ganas de toureio. O toiro que lhe coube em sorte pouco ajudou para o brilhantismo da lide, porque era um manso que se colocava no centro da arena com investidas bruscas sobre a montada.
O quinto toiro da corrida, um Passanha de 420 kg coube ao cavaleiro amador, Manuel Vacas de Carvalho. Iniciou a função com um comprido traseiro e dois regulares. Nos curtos mostrou que é um cavaleiro em evolução a mostrar bons pormenores na preparação dos ferros e a ir de frente para o toiro, a levantar a mão bem no alto no momento da reunião embora a colocação dos ferros ainda não seja a melhor.
O sexto e último exemplar da noite pertencia há Herdade de Pégoras tinha 460 kg e foi lidado pelo amador Mateus Prieto. Começou a sua lide com dois bons compridos com destaque para o primeiro. Para os curtos trouxe nova montada e os primeiros dois ferros foram descaídos mas emendou no terceiro. Trocou novamente de montada para a colocação de três ferros violino e um ferro de palmo. Embora os violinos tenham sido muito bem executados, três ferros acho que é demais É certo que empolgou as bancadas, mas é certo também que o toureio a cavalo e à portuguesa tem como base as sortes frontais e isso não foi muito mostrado por este jovem cavaleiro, que certamente ambiciona um dia chegar a figura do toureio a cavalo. Contudo é um jovem que mostrar muita garra e certamente terá ainda uma grande margem de progressão.
Quanto ao Forcados "Eborenses", a tarde não foi nada fácil com os oponentes a pedirem contas aos forcados e a não facilitarem. Pegou à 2ª Vasco Fernandes (Évora), Tomás Borges (Montemor) foi dobrado vítima de uma colhida muito violente, por Manuel Ramalho (Montemor) que executou a pega à 1ª tentativa. Gonçalo Guerreiro (Évora) à 2ª tentativa, Ricardo Casas Novas (Évora) à 2ª tentativa, Manuel Murteira (Santarém) grande pega à 1ª tentativa e Duarte Almeida (Évora) à 2ª tentativa.
Quanto aos novilhos-toiros em praça, embora alguns não primassem pela apresentação todos eles colaboraram para um bom espectáculo que correu a um excelente ritmo e com bastantes motivos de interesse.Arena d´Évora até para o Ano.
De realçar, como não podia deixar de ser a presença da Directora da Cáritas de Évora e do Sr. Bispo de Évora, D. José Alves.