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Corrida de Moura sem "o Furacão" de Diego

12 de Maio de 2009 - 00:00h Crónica por: - Fonte: - Visto: 2231
Corrida de Moura sem A empresa GesToiros, empresa responsável pela gestão da Praça de Toiros de Moura, realizou, no passado dia 09 de Maio, uma Corrida de Toiros, integrada na XV Feira do Bovino Mertolengo.
Foi uma corrida bastante agradável na qual o público quase completou a totalidade dos lugares, tendo ficado preenchidos mais de ¾ da praça.
Dirigiu a Corrida, sem incidências de maior, o Delegado Técnico do IGAC, o Sr. José Tinoco assessorado pelo médico veterinário Dr. João Infante. A corrida foi ainda abrilhantada pela Banda "Os Leões" de Moura.

Como o Taurodromo.com já tinha anunciado, o ilustre cartel esteve composto pelos cavaleiros Rui Salvador, Diego Ventura e o praticante Francisco Palha, tendo as pegas ficado a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Montemor e do Real Grupo de Forcados Amadores de Moura.
O curro para esta Corrida pertenceu à Ganadaria Passanha que se apresentou com bons exemplares, bem rematado e cuidado, tendo ainda assim dado algum jogo desigual aos cavaleiros.

Abriu a corrida o cavaleiro Rui Salvador, para lidar o primeiro exemplar da tarde da Ganadaria de Passanha. O cavaleiro recebeu o toiro em praça e iniciou a sua lide com dois compridos de muito boas maneiras. O cavaleiro alternou a sua montada e prosseguiu com a sua lide, cravando de alto a baixo, ao estribo, com ferros de bom nível. No geral, o cavaleiro esteve bem, onde mostrou a sua garra e a sua técnica, interagindo por diversas vezes com o público ali presente. Teve uma lide quase limpa, não fosse o ligeiro toque que levou na sua montada.

Pegou João Cabral, pelo Grupo de Forcados Amadores de Montemor, à segunda tentativa, com uma boa pega.

O segundo exemplar da corrida coube ao rejoneador luso-espanhol Diego Ventura que, terá sido porventura o maior responsável pela grande afluência do público àquela corrida e terá suscitado a maior curiosidade por parte dos aficionados ali presentes em o ver actuar.
Diego Ventura iniciou a sua lide com um comprido descaído. O rejoneador prosseguiu com um segundo comprido também ele atrasado. Diego Ventura alternou de montada, para o Manzanares, e prosseguiu a sua actuação com alguns bons curtos, sem contudo estar ao nível de algumas das suas melhores actuações. No entanto, o público pediu que o rejoneador voltasse à arena para cravar um último ferro, este sim de muito bom nível.

Pegou este belo exemplar da Ganadaria Passanha pelo Real Grupo de Forcados Amadores de Moura, o forcado Rui Ameixa, à segunda tentativa, com uma pega muito boa.

Prosseguiu a corrida com a actuação do jovem cavaleiro praticante Francisco Palha. O cavaleiro iniciou a sua lide com uns compridos de muito nível, cravados ao estribo. Durante toda a sua lide, o cavaleiro soube interpretar e medir os terrenos do toiro e cravou de modo firme e bonito, ao estribo, também devido à boa entrega por parte do toiro, que soube colaborar. O cavaleiro teve uma lide muito bem executada, limpa e ligeira, com o público a aplaudir a sua actuação, repleta de elegância, classe e subtileza. Terminou a sua actuação de forma limpa e sem quaisquer erros a apontar-lhe.

Pegou este exemplar da Ganadaria Passanha João Caldeira, pelo Grupo de Forcados Amadores de Montemor, à primeira tentativa, com uma excelente pega.

Para lidar o quarto exemplar da tarde, entrou novamente em praça o cavaleiro Rui Salvador. O cavaleiro iniciou a sua actuação com dois compridos algo descaídos. Trocou de montada e prosseguiu a sua actuação, num crescendo quer de intensidade quer de técnica, cravando de modo firme e ao estribo. Nesta lide o cavaleiro mostrou a sua habilidade tão característica e todo o seu envolvimento com o público, tendo terminado a sua lide com um ferro pedido pelo público e no auge de toda a sua actuação. No geral, o cavaleiro, neste segundo exemplar que lhe coube, soube entendê-lo e tirar partido da sua condição, tendo sido aplaudido por diversas vezes pelos aficionados ali presentes.

Pegou este exemplar da Ganadaria Passanha o forcado Luís Monge pelo Real Grupo de Forcados Amadores de Moura. Saiu da arena lesionado à segunda tentativa, tendo a pega apenas sido consumada à quinta tentativa, pelo seu colega de grupo Valter Rico.

A corrida prosseguiu como rejoneador Diego Ventura e o quinto toiro da tarde da Ganadaria Passanha. Logo à sua saída, o toiro mostrou-se algo distraído, mas Diego Ventura tentou prender a fraca atenção deste exemplar, tendo iniciado a sua lide com dois bons compridos. O rejoneador alternou de montada e, apesar deste ter sido um toiro que não se afigurou muito fácil, por se refugiar em tábuas e ser fraco de investidas, o cavaleiro prosseguiu a sua actuação, tentando puxar o toiro para os médios, cravando firme e com crescente nível técnico. Foi uma lide na qual Diego Ventura não brilhou mas, apenas, cumpriu, tendo o público aplaudido a sua actuação, a partir do seu quinto ferro, e pedido o seu regresso à arena para cravar um último ferro.

A pega deste toiro esteve a cargo de Noel Cardoso, do Grupo de Forcados Amadores de Montemor, tendo esta sido, uma pega concretizada à segunda tentativa, com uma boa pega.

O cavaleiro praticante Francisco palha entrou na arena para lidar o sexto toiro da corrida que lhe calhou em sorte. Francisco Palha iniciou a sua lide com um bom primeiro comprido, muito bem rematado, e continuou com outro ferro comprido, clássico, muito bem colocado. O cavaleiro trocou de montada e continuou a sua lide, com um terceiro comprido ligeiramente descaído e prosseguiu com os curtos, atacando o toiro e cravando de modo clássico e bem colocado. No geral, nesta sua segunda lide, o cavaleiro sofreu alguns ligeiros toques na sua montada, e cravou dois atrasados, tendo, por isso, sido a sua primeira actuação melhor e mais demonstradora da sua técnica e classe a tourear.

Pegou o sexto toiro da noite, Cláudio Pereira, pelo Real Grupo de Forcados Amadores de Moura, à primeira tentativa, com uma excelente pega.

No final da corrida, era unânime entre os presentes que esperavam mais do "Furacão" Diego Ventura, que o Rui Salvador tinha estado bem e que o jovem Francisco Palha já "carimbou" o seu lugar na Festa Brava.

Este foi um espectáculo realizado na Praça de Toiros de Moura, com um cartel de luxo, pela mão da GesToiro e dos seus responsáveis que, tão bem souberam organizar e conduzir este agradável espectáculo.
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