Corrida de São Pedro do Montijo - Complicada para todos
Ginja fez o impossível e salvou a noite
27 de Junho de 2009 - 17:17h | Crónica por: Sara Teles - Fonte: - Visto: 1839 |
Foi complicada a corrida de São Pedro na Monumental Augusto dos Santos no Montijo.
O curro levado de Samora Correia pela Ganadaria de Fernando Palha, com pesos entre os 450 e os 500kg, muito desigual de apresentação teve como denominador comum a escassez de bravura, codícia e nobreza .
Com aproximadamente ¾ de casa, a corrida teve início pouco depois das 22h por ordem do director Manuel Jacinto.
Rui Salvador
A Rui Salvador coube o pior lote da corrida: O primeiro toiro, de pelagem negra e com 500kg saiu à praça depois de Rui Salvador haver brindado a lide ao GFA da Tertúlia Tauromáquica do Montijo que comemorava o seu meio século de existência.
Começou mal a noite para o cavaleiro de Tomar: demorou a cravagem do 1º comprido porque não conseguia colocar o toiro manso em terrenos que lhe permitissem a colocação dos ferros compridos e quando o conseguiu cravou à tira na perpendicular (tal como o 2º ) não logrando grande efeito estético.
Trocou de montada para a ferragem curta, procurou entender-se com o manso irreversível que sem codícia perseguia a montada a trote e que fugia incessantemente para tábuas. Ainda assim, foi ultrapassando as dificuldades com cravagens em curto e à tira que não chegaram ao público, e que lhe valeram ainda um toque à garupa no 4º dos cinco ferros curtos que deixou.
O 2º toiro que lhe coube foi fortemente vaiado pelo público, que pedia a sua substituição entre assobios e apupos, já que nada fazia parecer que a rês tivesse mesmo os 450kg indicados no placar, até porque tratando-se de um praça de 1ª, a apresentação de uma rês de tão escasso trapio só podia defraudar. Sem estar fisicamente inutilizado não deu ordem, o director, à substituição pelo que Rui Salvador teve mesmo que cravar o 1º comprido recebendo em curto e cravando ao estribo e o 2º a dois tempos e à tira. Trocou de montada e o toiro acusando sempre a mansidão refugia-se em tábuas. Cravou dois ferros curtos um ao piton contrário e outro à tira com toque na montada. Sai para o pateo de quadrilhas e vários minutos se aguardaram que o cavaleiro voltasse, o que não aconteceu.
João Ribeiro Telles Jr. (Ginja)
Lidou o segundo, de pelagem melocotón e com 480kg de peso. Apesar de ter andado mal na ferragem comprida, em que recebeu sonoros toques na montada no 2º e 3º, conseguiu cumprir com quatro ferros à tira.
As bandarilhas foram colocadas com o cavalo "Ojeda" e com este conseguiu chegar ao público toureando com a verdade dos ferros frontais, enriquecida pelos detalhes de alta escola e pelo bom entendimento das características do toiro que precisava que lhe pisassem os terrenos.
Com bregas sucintas mas bonitas, deixou sempre o toiro nos médios e colocou 4 ferros curtos valorosos de dentro para fora, com emotivas reuniões ao estribo. Vai ainda buscar o D'Orey e com ele crava um ferro em violino seguido do palmo, terminando com um par de banderilhas em terrenos apertados, que tanto fizeram vibrar o público.
A segunda lide, no 5º da ordem começou com uma emotiva brega a galope depois da recepção à porta gaiola. Daqui resultaram dois ferros compridos à tira bem executados. Trocou de montada, retira o toiro com estética dos terrenos de querença e crava frontal a curtas distâncias com correcção, de alto a baixo e ao estribo, o que deu evidência ao enorme coração e forma da montada e que deixou o público em êxtase. Cumpriu a final a sua imagem de marca com o ferro de violino seguido na brega pelo palmito.
Ao som dos sonoros aplausos, fecha a noite com uma lenta pirueta de grande efeito estético à porta do patio de quadrilhas.
Salgueiro da Costa
Lidou um Jabonero de 480kg que não lhe facilitou nada os trabalhos já que logo após o 1º comprido (que resultou bonito - à tira) se refugiou em tábuas exigindo muito saber. Depois do 2º comprido troca a montada e começa a cravagem curta com um tirão rematado por dentro em terrenos apertados na querença do toiro. É-lhe concedida música e com isso o cavaleiro começa a arriscar mais e mais, obtendo assim uma cravagem irregular, sempre à tira e em terrenos de muito compromisso (que deixaram perceber que só por falta de toiro nada lhe sucedeu).
No último toiro da nocturna, um capirote e botinero, com 490kg de peso e o de melhor apresentação entre todos, Salgueiro da Costa encontrou tanta dificuldade como no seu primeiro.
Na ferragem comprida cravou o 1º em sorte à meia volta, desnecessária e desluzida e o 2º à tira demasiado depressa. Trocou de montada para os ferros curtos que cravou ao estribo e à tira. Apesar de não conseguir sacar o toiro das tábuas, coloca-se em frente a ele e aguentando crava mas recebe um toque na montada (que teve a virtualidade de ser ao estribo); o 2º foi também à tira e desta feita bem rematado. O último foi emotivo com a montada aguentada na cara do toiro e carregada a sorte em momento oportuno com uma saída arriscada. Peticionam-lhe mais um quando já saía e então cita em muito curtas distâncias e crava com batida ao corno contrário rematando e adornando em tábuas.
PEGAS:
1º Toiro - GFA Tertúlia Tauromáquica do Montijo - Márcio Chapa - 2ª Tentativa
Mário Chapa, foi desfeiteado na 1ª tentativa já que ante a investida solta que pouco lhe permitiu recuar, se fechou à cornea sem se fechar de pernas. Os sucessivos derrotes violentos tiraram o forcado da cara e deixaram inanimado o 1º ajuda que fez um impressionante "mortal" depois de literalmente atropelado pelo toiro.
Na 2ª tentativa, com as ajudas menos consentidas o forcado aguenta os primeiros passos da investida algo solta do toiro e carrega a sorte no momento certo, recua, fecha-se correctamente e recebe uma boa ajuda do grupo.
O rabejador saiu em momento e lugar certos.
2º Toiro - GFA Alcochete - José Barbosa "Vinagre" - 2ª Tentativa
O experiente forcado sai à cara e cita de largo para carregar sem entrar na jurisdição. O toiro saiu com muita pata e apesar de o forcado se ter ainda fechado bem à barbela não conseguiu suportar os derrotes de todo violentos que impediram o grupo de prestar devidas ajudas.
Na 2ª tentativa o toiro volta a sair em galope mas o forcado esteve imponente ao recuar correctamente, fechando-se decidido a aguentar os difíceis derrotes sacudidos.
Destaque também para o 1º ajuda (eficaz e seguro) e rabejador (que alegrou toiro falando-lhe e rodou o piton junto a tábuas até ao momento acertado em que saiu para os médios).
3º toiro - GFA Tertúlia Tauromáquica do Montijo - Luís Frieza - 3ª Tentativa
Apesar de ter saído à cara do toiro com elegância no cite, Luís Frieza não conseguiu consumar à 1ª dada a investida sem codícia e pouco franca do toiro. Agarrado à barbela deu uma volta completa por cima do dorso.
À 2ª tentativa a primeira ajuda foi mais cerrada mas isso de alguma forma acabou por prejudicar o desempenho do forcado da cara, já que com a reunião ficou o 1º ajuda demasiado em cima sem conseguir ajudar o da cara e acabando por de lá o tirar com a ajuda dos derrotes sucessivos.
À 3ª consumaram uma pega de "comboio" sem dificuldades, mas sem brilho.
Mal andou o rabejador que não alegrou o toiro ao rodar no piton e saiu em momento/ lugar indevidos.
4º Toiro - GFA Alcochete - Ricardo Mota - 1ª Tentativa (Lide de Rui Salvador)
Cita o toiro dos médios e aí recebe a investida aguentando muito. Encaixa perfeitona cara à córnea e é exemplarmente ajudado pelo grupo que só destoou com o rabejador a sair sem elegância para as tábuas.
(Rui Salvador negou-se a dar a volta e o forcado como manda a tradição não a deu também apesar de o merecer).
5º Toiro - GFA TT Montijo - Pedro Bicho - 1ª Tentativa - (Lide de João Telles Jr.)
Começa a citar o toiro ainda antes de chegar aos médios mas é ali que o recebe fechando-se à barbela de forma eficaz de braços e pernas. Esteve bem o 1º ajuda ao ajudar de lado apesar de ter caído com o embate, o que fez com que o forcado viajasse sozinho sem dificuldade pois que tardou também a ajuda do grupo. O rabejador fez um bonito, rodando de joelho no chão com saída para os médios. Consumando a mais bonita pega da noite.
6º Toiro - GFA Alcochete - Cernelha de Daniel Silva e João Sousa (Lide de Salgueiro da Costa)
Saiu o jogo de 6 cabrestos como manda o regulamento mas sem o cabresto guia e talvez por isso demoraram a conseguir encabrestar o toiro. O cernelheiro conseguiu chegar-lhe em momento oportuno junto às tábuas do curro, onde esteve por momentos sozinho já que o rabejador tardou. Cernelharam de praça a praça e consumaram a pega sem que o toiro tivesse completamente parado mas sem lhe retirar a beleza.
No intervalo da corrida foi descerrada uma placa no átrio principal da praça, em homenagem ao GFA da Tertúlia Tauromáquica do Montijo com a presença da Presidente da Autarquia local, e foram também entregues lembranças simbólicas aos intervenientes que compuseram o cartel em que o GFA TT Montijo teve a primeira apresentação.
O curro levado de Samora Correia pela Ganadaria de Fernando Palha, com pesos entre os 450 e os 500kg, muito desigual de apresentação teve como denominador comum a escassez de bravura, codícia e nobreza .
Com aproximadamente ¾ de casa, a corrida teve início pouco depois das 22h por ordem do director Manuel Jacinto.
Rui Salvador
A Rui Salvador coube o pior lote da corrida: O primeiro toiro, de pelagem negra e com 500kg saiu à praça depois de Rui Salvador haver brindado a lide ao GFA da Tertúlia Tauromáquica do Montijo que comemorava o seu meio século de existência.
Começou mal a noite para o cavaleiro de Tomar: demorou a cravagem do 1º comprido porque não conseguia colocar o toiro manso em terrenos que lhe permitissem a colocação dos ferros compridos e quando o conseguiu cravou à tira na perpendicular (tal como o 2º ) não logrando grande efeito estético.
Trocou de montada para a ferragem curta, procurou entender-se com o manso irreversível que sem codícia perseguia a montada a trote e que fugia incessantemente para tábuas. Ainda assim, foi ultrapassando as dificuldades com cravagens em curto e à tira que não chegaram ao público, e que lhe valeram ainda um toque à garupa no 4º dos cinco ferros curtos que deixou.
O 2º toiro que lhe coube foi fortemente vaiado pelo público, que pedia a sua substituição entre assobios e apupos, já que nada fazia parecer que a rês tivesse mesmo os 450kg indicados no placar, até porque tratando-se de um praça de 1ª, a apresentação de uma rês de tão escasso trapio só podia defraudar. Sem estar fisicamente inutilizado não deu ordem, o director, à substituição pelo que Rui Salvador teve mesmo que cravar o 1º comprido recebendo em curto e cravando ao estribo e o 2º a dois tempos e à tira. Trocou de montada e o toiro acusando sempre a mansidão refugia-se em tábuas. Cravou dois ferros curtos um ao piton contrário e outro à tira com toque na montada. Sai para o pateo de quadrilhas e vários minutos se aguardaram que o cavaleiro voltasse, o que não aconteceu.
João Ribeiro Telles Jr. (Ginja)
Lidou o segundo, de pelagem melocotón e com 480kg de peso. Apesar de ter andado mal na ferragem comprida, em que recebeu sonoros toques na montada no 2º e 3º, conseguiu cumprir com quatro ferros à tira.
As bandarilhas foram colocadas com o cavalo "Ojeda" e com este conseguiu chegar ao público toureando com a verdade dos ferros frontais, enriquecida pelos detalhes de alta escola e pelo bom entendimento das características do toiro que precisava que lhe pisassem os terrenos.
Com bregas sucintas mas bonitas, deixou sempre o toiro nos médios e colocou 4 ferros curtos valorosos de dentro para fora, com emotivas reuniões ao estribo. Vai ainda buscar o D'Orey e com ele crava um ferro em violino seguido do palmo, terminando com um par de banderilhas em terrenos apertados, que tanto fizeram vibrar o público.
A segunda lide, no 5º da ordem começou com uma emotiva brega a galope depois da recepção à porta gaiola. Daqui resultaram dois ferros compridos à tira bem executados. Trocou de montada, retira o toiro com estética dos terrenos de querença e crava frontal a curtas distâncias com correcção, de alto a baixo e ao estribo, o que deu evidência ao enorme coração e forma da montada e que deixou o público em êxtase. Cumpriu a final a sua imagem de marca com o ferro de violino seguido na brega pelo palmito.
Ao som dos sonoros aplausos, fecha a noite com uma lenta pirueta de grande efeito estético à porta do patio de quadrilhas.
Salgueiro da Costa
Lidou um Jabonero de 480kg que não lhe facilitou nada os trabalhos já que logo após o 1º comprido (que resultou bonito - à tira) se refugiou em tábuas exigindo muito saber. Depois do 2º comprido troca a montada e começa a cravagem curta com um tirão rematado por dentro em terrenos apertados na querença do toiro. É-lhe concedida música e com isso o cavaleiro começa a arriscar mais e mais, obtendo assim uma cravagem irregular, sempre à tira e em terrenos de muito compromisso (que deixaram perceber que só por falta de toiro nada lhe sucedeu).
No último toiro da nocturna, um capirote e botinero, com 490kg de peso e o de melhor apresentação entre todos, Salgueiro da Costa encontrou tanta dificuldade como no seu primeiro.
Na ferragem comprida cravou o 1º em sorte à meia volta, desnecessária e desluzida e o 2º à tira demasiado depressa. Trocou de montada para os ferros curtos que cravou ao estribo e à tira. Apesar de não conseguir sacar o toiro das tábuas, coloca-se em frente a ele e aguentando crava mas recebe um toque na montada (que teve a virtualidade de ser ao estribo); o 2º foi também à tira e desta feita bem rematado. O último foi emotivo com a montada aguentada na cara do toiro e carregada a sorte em momento oportuno com uma saída arriscada. Peticionam-lhe mais um quando já saía e então cita em muito curtas distâncias e crava com batida ao corno contrário rematando e adornando em tábuas.
PEGAS:
1º Toiro - GFA Tertúlia Tauromáquica do Montijo - Márcio Chapa - 2ª Tentativa
Mário Chapa, foi desfeiteado na 1ª tentativa já que ante a investida solta que pouco lhe permitiu recuar, se fechou à cornea sem se fechar de pernas. Os sucessivos derrotes violentos tiraram o forcado da cara e deixaram inanimado o 1º ajuda que fez um impressionante "mortal" depois de literalmente atropelado pelo toiro.
Na 2ª tentativa, com as ajudas menos consentidas o forcado aguenta os primeiros passos da investida algo solta do toiro e carrega a sorte no momento certo, recua, fecha-se correctamente e recebe uma boa ajuda do grupo.
O rabejador saiu em momento e lugar certos.
2º Toiro - GFA Alcochete - José Barbosa "Vinagre" - 2ª Tentativa
O experiente forcado sai à cara e cita de largo para carregar sem entrar na jurisdição. O toiro saiu com muita pata e apesar de o forcado se ter ainda fechado bem à barbela não conseguiu suportar os derrotes de todo violentos que impediram o grupo de prestar devidas ajudas.
Na 2ª tentativa o toiro volta a sair em galope mas o forcado esteve imponente ao recuar correctamente, fechando-se decidido a aguentar os difíceis derrotes sacudidos.
Destaque também para o 1º ajuda (eficaz e seguro) e rabejador (que alegrou toiro falando-lhe e rodou o piton junto a tábuas até ao momento acertado em que saiu para os médios).
3º toiro - GFA Tertúlia Tauromáquica do Montijo - Luís Frieza - 3ª Tentativa
Apesar de ter saído à cara do toiro com elegância no cite, Luís Frieza não conseguiu consumar à 1ª dada a investida sem codícia e pouco franca do toiro. Agarrado à barbela deu uma volta completa por cima do dorso.
À 2ª tentativa a primeira ajuda foi mais cerrada mas isso de alguma forma acabou por prejudicar o desempenho do forcado da cara, já que com a reunião ficou o 1º ajuda demasiado em cima sem conseguir ajudar o da cara e acabando por de lá o tirar com a ajuda dos derrotes sucessivos.
À 3ª consumaram uma pega de "comboio" sem dificuldades, mas sem brilho.
Mal andou o rabejador que não alegrou o toiro ao rodar no piton e saiu em momento/ lugar indevidos.
4º Toiro - GFA Alcochete - Ricardo Mota - 1ª Tentativa (Lide de Rui Salvador)
Cita o toiro dos médios e aí recebe a investida aguentando muito. Encaixa perfeitona cara à córnea e é exemplarmente ajudado pelo grupo que só destoou com o rabejador a sair sem elegância para as tábuas.
(Rui Salvador negou-se a dar a volta e o forcado como manda a tradição não a deu também apesar de o merecer).
5º Toiro - GFA TT Montijo - Pedro Bicho - 1ª Tentativa - (Lide de João Telles Jr.)
Começa a citar o toiro ainda antes de chegar aos médios mas é ali que o recebe fechando-se à barbela de forma eficaz de braços e pernas. Esteve bem o 1º ajuda ao ajudar de lado apesar de ter caído com o embate, o que fez com que o forcado viajasse sozinho sem dificuldade pois que tardou também a ajuda do grupo. O rabejador fez um bonito, rodando de joelho no chão com saída para os médios. Consumando a mais bonita pega da noite.
6º Toiro - GFA Alcochete - Cernelha de Daniel Silva e João Sousa (Lide de Salgueiro da Costa)
Saiu o jogo de 6 cabrestos como manda o regulamento mas sem o cabresto guia e talvez por isso demoraram a conseguir encabrestar o toiro. O cernelheiro conseguiu chegar-lhe em momento oportuno junto às tábuas do curro, onde esteve por momentos sozinho já que o rabejador tardou. Cernelharam de praça a praça e consumaram a pega sem que o toiro tivesse completamente parado mas sem lhe retirar a beleza.
No intervalo da corrida foi descerrada uma placa no átrio principal da praça, em homenagem ao GFA da Tertúlia Tauromáquica do Montijo com a presença da Presidente da Autarquia local, e foram também entregues lembranças simbólicas aos intervenientes que compuseram o cartel em que o GFA TT Montijo teve a primeira apresentação.