Azeitão foi tarde de toiros - 12 de Julho de 2009
3/4 de casa e muito boa disposição, foram a cereja no cimo de um bolo bem cozinhado para a corrida de Azeitão.
14 de Julho de 2009 - 00:24h | Crónica por: Sara Teles - Fonte: - Visto: 2130 |
Grande parte das corridas organizadas em praças desmontáveis por ocasião de festas populares, são um fiasco para o aficcionado comum. Sabendo "ab initio" que a praça vai encher, o cuidado com a preparação do cartel passa por reduzir as despesas ao essencial para obter lucros "fantásticos" e fáceis.
Em Azeitão nada disto se passou e quem pagou bilhete deu por aproveitado o dinheiro.
Poupando na publicidade (com carteis de rua pouco apelativos) a organização contratou Luís Rouxinol, Brito Paes e Isabel Ramos que respectivamente satisfazem o gosto mais popular, o mais clássico e o seu meio termo; os dois grupos de forcados inegavelmente "dois dos grandes", de proximidade geográfica a Azeitão e os toiros - de Santa Maria, de bom trapio e características deram forma a uma boa corrida.
ROUXINOL
1º Toiro de Pelagem negra (3 compridos, 3 curtos, 1 palmo e 1 par)
Apesar de ter saído com galhardia, este 1º toiro estava fisicamente diminuído e assim apesar de a início não se haver notado, a meio da lide perdeu a codícia que lhe estava no sangue. Rouxinol começou muito bem a cravagem, com ferros compridos com batida ao píton contrário e que logo aqueceram o público. Na ferragem curta, teve que vencer as limitações arrimando-se com ferros adornados, optando aqui pelos frontais e que terminou com o seus populares, "palmo" e "par".
4º Toiro de Pelagem Colorau (3 compridos)
Com este exemplar de bom carácter Rouxinol ganhou plástica, depois da cravagem de dois ferros à tira perpendicular . Inicia a ferragem curta cravando 3 ferros a dois tempos de fora para dentro à tira e depois de mudar de montada, desenha o seu espectáculo ladeando pelas tábuas aonde crava ensesgados o último comprido e um palmo.
BRITO PAES
2º Toiro - Pelagem Negra Mulato (2 compridos, 4 curtos)
Com um toiro que foi andando de menos a mais, Brito Paes concretizou uma lide morna. Colocou à tira os dois ferros compridos com o toiro codicioso a perseguir a montada na preparação e no remate do ferro.
A ferragem curta foi curta: o cavaleiro demora a preparar o toiro para cada ferro e acaba por não escolher os melhores terrenos e sortes. O 1º ficou descaído já que o toiro foi demasiado burlado com a batida ao piton contrário, a que corrige a medida no 2º, desta feita, emocionante.
Com outra montada crava os dois últimos ferros em sortes frontais um nos médios e outro em tábuas, bem rematados em quarteio.
6º Toiro - Pelagem Castanha (2 compridos e 6 compridos)
O estado levantado deste sobrebro, que substituiu o 5º da ordem (que saiu com lesão nos quartos traseiros), obrigou o cavaleiro a cravar ensesgado o 1º ferro comprido, enquanto que o 2º, foi já cravado em sorte frontal e recebendo.
Com ganas de alcançar o mesmo impacto que os seus alternantes, Brito Pais procura começar a ferragem curta com um tirão emotivo mas que resultou num toque à garupa que o deixou mais retraído. Com alguns capotazos bem dados pelo subalterno, o cavaleiro enceta a cravagem com maior cuidado optando por cravagens frontais à tira, sendo que se atribuiu melhor nota aos dois últimos: um ferro à tira em terrenos de compromisso junto a tábuas e uma rosa de palmo que apesar de vistosa resultou à garupa, tal como o toque, desta feita aparatoso que recebeu.
ISABEL RAMOS
Antecipamos, dizendo que a Isabel Ramos couberam dois sérios Santa Maria, com muito bom caracter e que a cavaleira praticante aproveitou a da melhor forma.
3º Toiro - Pelagem Negra (2 compridos e 4 curtos)
Sai à teia um sério exemplar de Santa Maria, com uma bonita apresentação e Isabel Ramos não se intimida encetando com ele uma brega muito conseguida pelas tábuas, da qual resulta a colocação do toiro nos médios para a cravagem de dois ferros à tira.
A ferragem curta foi colocada nos médios de forma emotiva cravando com batida ao corno contrário e ao estribo, à excepção do 3º ferro em que a cavaleira aproveita a colocação do toiro em tábuas depois da brega para cravar à tira mas que resulta a cilhas passadas.
5º Toiro - Pelagem Negra (2 compridos , 4 curtos e 1 palmo)
Apesar de mais leve, este exemplar não deixou de lado a codícia e nobreza dos restantes da camada. A princesa das arenas crava-lhe dois ferros compridos à tira e ao estribo esperando pela investida.
Com o cavalo de confiança para os curtos, levou a cabo uma exibição de muita transmissão com vistosos cites de largo carregando a sorte com batida ao píton contrário em momentos muito certos que revelam o toureio intuitivo mas de muito trabalho de casa que a praticante executa. Todos os ferros resultaram bonitos, mas foi a rosa que de facto se destacou já que, havendo citado frontal Isabel Ramos carregou a sorte e reuniu com muita rectidão, cravando ao estribo.
AS PEGAS:
1º Toiro - Amadores de Alcochete - Hugo Silva - 1ª Tentativa
Apesar de ter demonstrado algum nervosismo no cite, o jovem forcado demonstrou ter bem aprendidas as lições do seu cabo, Vasco Pinto. Demorou um pouco a carregar a sorte e esqueceu de falar ao toiro quando recuava mas fechou muito bem à barbela, sem dificuldades de maior, a que de resto o grupo correspondeu com uma boa ajuda.
O rabejador optou por não fazer nada, esperando apenas que os colegas saissem da cara aguentando a rês saindo depois sem graça.
2º Toiro - Aposento da Moita - Frederico Morais - 1ª Tentativa
Depois de um cite bonito, o forcado recebe o toiro com as ajudas bem consentidas, reunindo à barbela com eficácia e aguentando a viagem até que o grupo parasse por completo o exemplar que não lhes dificultou muito os trabalhos.
O rabejador andou regular.
3º Toiro - Amadores de Alcochete - Joaquim Quintela - 1ª Tentativa
Mais um forcado jovem, que garantidamente será uma valiosa peça do grupo. Citou com serenidade e elegância e perante um toiro que saiu solto carregou a investida em tempo certo recuando-lhe na cara devidamente. Meteu ligeiramente adiantados os braços e pernas mas com isso não rasurou o trabalho, fechando-se com decisão à barbela aguentou a viagem até à reunião coesa do grupo.
O rabejador, destroncou o toiro com dificuldade pelo mau estado já do piso mas saiu em beleza, sem desplantes da cara do toiro mas numa bonita e encastada sobranceria.
4º Toiro - Amadores da Moita - Francisco Capela dobrado por José Maria Bettencourt - 4ª Tentativa
Este exemplar não facilitou a vida ao jovem forcado Francisco Capela, que farda pelo Aposento da Moita desde a época passada. Acabou por sair lesionado, depois de ter perdido os sentidos à 4ª tentativa.
1ª Tentativa - O forcado carregou a investida mas deixou de falar ao toiro e não recuou o suficente para reunir quando humilhasse, vendo assim o exemplar passar-lhe ao lado.
2ª Tentativa - Depois de desfazer uma vez a formação, por já estar em terrenos impossíveis sem que o toiro investisse , é colocado noutros terrenos donde sai com a mesma investida ensarilhada para o forcado que mais uma vez peca por não carregar a investida com a voz ao recuar. Assim recebe o toiro de forma deficiente e é corneado no chão.
3ª Tentativa - Voltam a colocar o toiro nos terrenos convencionais e desta feita o forcado consegue efectivamente reunir de forma mais conveniente mas não consegue suportar os derrotes e é desfeiteado.
4ª Tentativa - (José Maria Bettencourt) Dobrou o colega lesionado e citou o toiro a sesgo com as ajudas em comboio. O forcado foi eficaz tal como o grupo que parou o toiro desta vez sem problemas.
O rabejador, talvez em virtude do mau estado do terreno fechou a pega sem elegância
(Tiago Ribeiro, com a justiça da verdade não permitiu que o forcado fosse à volta).
5º Toiro - Vitor Epifânio - 1ª Tentativa
Depois de trocada a ordem, voltou a ser vez do Aposento da Moita que desta feita não deixou créditos em mãos alheias, concretizando à primeira e com limpeza uma pega de cite muito bem executado e alegre, que resultou vistosa graças à viagem com derrotes altos pouco violentos suportados pelo forcado sem dificuldade, até à reunião coesa do grupo que lhe tinha dado espaço.
Embora em dificuldade, como já dissemos - terreno não permitia brilhar muito, o rabejador fez nesta pega a melhor exibição quebrando com eficácia os recursos do toiro e executando a sorte como mandam as regras.
6º Toiro - Telmo Vasco - 1ª Tentativa
Tendo sido o 1º fardamento e pega de Telmo Vasco, o cabo colocou os mais veteranos a ajudar e assim, o sobrebro (mais complicado da corrida) foi pegado à 1ª depois de uma investida pouco franca, que o forcado debutante resolveu recuando bastante para fechar em momento oportuno, com o grupo a ajudar sem dificuldade.
O rabejador saiu sem contemplações para as costas do toiro.
A corrida acabou deixando um excelente ambiente... Para o ano, Azeitão quer mais....
Em Azeitão nada disto se passou e quem pagou bilhete deu por aproveitado o dinheiro.
Poupando na publicidade (com carteis de rua pouco apelativos) a organização contratou Luís Rouxinol, Brito Paes e Isabel Ramos que respectivamente satisfazem o gosto mais popular, o mais clássico e o seu meio termo; os dois grupos de forcados inegavelmente "dois dos grandes", de proximidade geográfica a Azeitão e os toiros - de Santa Maria, de bom trapio e características deram forma a uma boa corrida.
ROUXINOL
1º Toiro de Pelagem negra (3 compridos, 3 curtos, 1 palmo e 1 par)
Apesar de ter saído com galhardia, este 1º toiro estava fisicamente diminuído e assim apesar de a início não se haver notado, a meio da lide perdeu a codícia que lhe estava no sangue. Rouxinol começou muito bem a cravagem, com ferros compridos com batida ao píton contrário e que logo aqueceram o público. Na ferragem curta, teve que vencer as limitações arrimando-se com ferros adornados, optando aqui pelos frontais e que terminou com o seus populares, "palmo" e "par".
4º Toiro de Pelagem Colorau (3 compridos)
Com este exemplar de bom carácter Rouxinol ganhou plástica, depois da cravagem de dois ferros à tira perpendicular . Inicia a ferragem curta cravando 3 ferros a dois tempos de fora para dentro à tira e depois de mudar de montada, desenha o seu espectáculo ladeando pelas tábuas aonde crava ensesgados o último comprido e um palmo.
BRITO PAES
2º Toiro - Pelagem Negra Mulato (2 compridos, 4 curtos)
Com um toiro que foi andando de menos a mais, Brito Paes concretizou uma lide morna. Colocou à tira os dois ferros compridos com o toiro codicioso a perseguir a montada na preparação e no remate do ferro.
A ferragem curta foi curta: o cavaleiro demora a preparar o toiro para cada ferro e acaba por não escolher os melhores terrenos e sortes. O 1º ficou descaído já que o toiro foi demasiado burlado com a batida ao piton contrário, a que corrige a medida no 2º, desta feita, emocionante.
Com outra montada crava os dois últimos ferros em sortes frontais um nos médios e outro em tábuas, bem rematados em quarteio.
6º Toiro - Pelagem Castanha (2 compridos e 6 compridos)
O estado levantado deste sobrebro, que substituiu o 5º da ordem (que saiu com lesão nos quartos traseiros), obrigou o cavaleiro a cravar ensesgado o 1º ferro comprido, enquanto que o 2º, foi já cravado em sorte frontal e recebendo.
Com ganas de alcançar o mesmo impacto que os seus alternantes, Brito Pais procura começar a ferragem curta com um tirão emotivo mas que resultou num toque à garupa que o deixou mais retraído. Com alguns capotazos bem dados pelo subalterno, o cavaleiro enceta a cravagem com maior cuidado optando por cravagens frontais à tira, sendo que se atribuiu melhor nota aos dois últimos: um ferro à tira em terrenos de compromisso junto a tábuas e uma rosa de palmo que apesar de vistosa resultou à garupa, tal como o toque, desta feita aparatoso que recebeu.
ISABEL RAMOS
Antecipamos, dizendo que a Isabel Ramos couberam dois sérios Santa Maria, com muito bom caracter e que a cavaleira praticante aproveitou a da melhor forma.
3º Toiro - Pelagem Negra (2 compridos e 4 curtos)
Sai à teia um sério exemplar de Santa Maria, com uma bonita apresentação e Isabel Ramos não se intimida encetando com ele uma brega muito conseguida pelas tábuas, da qual resulta a colocação do toiro nos médios para a cravagem de dois ferros à tira.
A ferragem curta foi colocada nos médios de forma emotiva cravando com batida ao corno contrário e ao estribo, à excepção do 3º ferro em que a cavaleira aproveita a colocação do toiro em tábuas depois da brega para cravar à tira mas que resulta a cilhas passadas.
5º Toiro - Pelagem Negra (2 compridos , 4 curtos e 1 palmo)
Apesar de mais leve, este exemplar não deixou de lado a codícia e nobreza dos restantes da camada. A princesa das arenas crava-lhe dois ferros compridos à tira e ao estribo esperando pela investida.
Com o cavalo de confiança para os curtos, levou a cabo uma exibição de muita transmissão com vistosos cites de largo carregando a sorte com batida ao píton contrário em momentos muito certos que revelam o toureio intuitivo mas de muito trabalho de casa que a praticante executa. Todos os ferros resultaram bonitos, mas foi a rosa que de facto se destacou já que, havendo citado frontal Isabel Ramos carregou a sorte e reuniu com muita rectidão, cravando ao estribo.
AS PEGAS:
1º Toiro - Amadores de Alcochete - Hugo Silva - 1ª Tentativa
Apesar de ter demonstrado algum nervosismo no cite, o jovem forcado demonstrou ter bem aprendidas as lições do seu cabo, Vasco Pinto. Demorou um pouco a carregar a sorte e esqueceu de falar ao toiro quando recuava mas fechou muito bem à barbela, sem dificuldades de maior, a que de resto o grupo correspondeu com uma boa ajuda.
O rabejador optou por não fazer nada, esperando apenas que os colegas saissem da cara aguentando a rês saindo depois sem graça.
2º Toiro - Aposento da Moita - Frederico Morais - 1ª Tentativa
Depois de um cite bonito, o forcado recebe o toiro com as ajudas bem consentidas, reunindo à barbela com eficácia e aguentando a viagem até que o grupo parasse por completo o exemplar que não lhes dificultou muito os trabalhos.
O rabejador andou regular.
3º Toiro - Amadores de Alcochete - Joaquim Quintela - 1ª Tentativa
Mais um forcado jovem, que garantidamente será uma valiosa peça do grupo. Citou com serenidade e elegância e perante um toiro que saiu solto carregou a investida em tempo certo recuando-lhe na cara devidamente. Meteu ligeiramente adiantados os braços e pernas mas com isso não rasurou o trabalho, fechando-se com decisão à barbela aguentou a viagem até à reunião coesa do grupo.
O rabejador, destroncou o toiro com dificuldade pelo mau estado já do piso mas saiu em beleza, sem desplantes da cara do toiro mas numa bonita e encastada sobranceria.
4º Toiro - Amadores da Moita - Francisco Capela dobrado por José Maria Bettencourt - 4ª Tentativa
Este exemplar não facilitou a vida ao jovem forcado Francisco Capela, que farda pelo Aposento da Moita desde a época passada. Acabou por sair lesionado, depois de ter perdido os sentidos à 4ª tentativa.
1ª Tentativa - O forcado carregou a investida mas deixou de falar ao toiro e não recuou o suficente para reunir quando humilhasse, vendo assim o exemplar passar-lhe ao lado.
2ª Tentativa - Depois de desfazer uma vez a formação, por já estar em terrenos impossíveis sem que o toiro investisse , é colocado noutros terrenos donde sai com a mesma investida ensarilhada para o forcado que mais uma vez peca por não carregar a investida com a voz ao recuar. Assim recebe o toiro de forma deficiente e é corneado no chão.
3ª Tentativa - Voltam a colocar o toiro nos terrenos convencionais e desta feita o forcado consegue efectivamente reunir de forma mais conveniente mas não consegue suportar os derrotes e é desfeiteado.
4ª Tentativa - (José Maria Bettencourt) Dobrou o colega lesionado e citou o toiro a sesgo com as ajudas em comboio. O forcado foi eficaz tal como o grupo que parou o toiro desta vez sem problemas.
O rabejador, talvez em virtude do mau estado do terreno fechou a pega sem elegância
(Tiago Ribeiro, com a justiça da verdade não permitiu que o forcado fosse à volta).
5º Toiro - Vitor Epifânio - 1ª Tentativa
Depois de trocada a ordem, voltou a ser vez do Aposento da Moita que desta feita não deixou créditos em mãos alheias, concretizando à primeira e com limpeza uma pega de cite muito bem executado e alegre, que resultou vistosa graças à viagem com derrotes altos pouco violentos suportados pelo forcado sem dificuldade, até à reunião coesa do grupo que lhe tinha dado espaço.
Embora em dificuldade, como já dissemos - terreno não permitia brilhar muito, o rabejador fez nesta pega a melhor exibição quebrando com eficácia os recursos do toiro e executando a sorte como mandam as regras.
6º Toiro - Telmo Vasco - 1ª Tentativa
Tendo sido o 1º fardamento e pega de Telmo Vasco, o cabo colocou os mais veteranos a ajudar e assim, o sobrebro (mais complicado da corrida) foi pegado à 1ª depois de uma investida pouco franca, que o forcado debutante resolveu recuando bastante para fechar em momento oportuno, com o grupo a ajudar sem dificuldade.
O rabejador saiu sem contemplações para as costas do toiro.
A corrida acabou deixando um excelente ambiente... Para o ano, Azeitão quer mais....