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Forcados Mexicanos triunfadores da Festa do Forcado em Évora.

13 de Abril de 2009 - 00:00h Crónica por: - Fonte: - Visto: 1869
Forcados Mexicanos triunfadores da Festa do Forcado em Évora. Após uma tarde inteiramente dedicada ao forcado chegava a tão esperada Corrida de Toiros de abertura da temporada da Arena d´Évora.

Compunham cartel os cavaleiros Rui Salvador, Rui Fernandes, Vítor Ribeiro e o praticante João Soller Garcia, que fazia a sua apresentação após ter prestado prova de praticante em Barrancos. As pegas estavam a cargo dos Mexicanos Amadores de Mazatlán e dos Amadores de Alter do Chão, que apesar de ficarem em segundo lugar no Concurso de Pegas Cernelhas durante a tarde acabaram por alinharam na corrida em detrimento dos forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense que não trouxeram o numero suficiente de forcados para alinharem na corrida.

A praça estava bem composta com cerca de ¾ fortes e apesar do frio e do vento que se fazia sentir na Cidade de Évora, dentro da praça nada se notava dadas as excelentes condições da moderna Arena d´Évora.

A corrida iniciou-se com um minuto de silêncio nas cortesias em memória do forcado Francisco Matias de Portalegre.

Na lide a cavalo começou a função o cavaleiro Rui Salvador, na ferragem comprida colocou bem dois ferros à tira de boa colocação. Na ferragem curta a lide foi de menos a mais com Rui Salvador a tirar do toiro tudo o que tinha, o que também não era muito. No seu segundo toiro, o pior da corrida, o cavaleiro de Tomar nos compridos esteve bem e na ferragem curta bem se esforçou para provocar alguma investida no toiro mas o seu oponente nunca correspondeu. Nesta lide o cavaleiro recusou e bem a volta à praça.

Rui Fernandes vinha decidido a triunfar em Évora e conseguiu, graças também aos toiros que lhe calharam em sorte que foram os melhores do lote. No primeiro toiro Rui Fernandes colocou bem a ferragem comprida, mas foi nos curtos e com as boas características do toiro a ver ao de cima que Rui Fernandes se destacou recriando-se na cara do toiro com o cavalo a ladear na cara do oponente. Colocou os dois últimos curtos ao piton contrário após trocar de cavalo. Na segunda lide Rui Fernandes recebeu o toiro à porta dos curros mas não teve o efeito esperado porque o toiro distraiu-se após entrar na arena. Após a colocação da ferragem comprida trocou de montada e aproveitando as boas características do toiro desenhou uma lide com muita alegria colocando os ferros com ligeiras batidas ao piton contrário. A pedido do público Rui Fernandes acedeu à colocação de mais um ferro e foi buscar uma das estrelas da sua quadra para colocar daqueles ferros impossíveis com o cavalo a parar na cara do toiro e a fazer um câmbio perfeito para um ferro de belo efeito.

Vítor Ribeiro começou por colocar a ferragem comprida de forma regular no seu primeiro da noite, depois na troca para os curtos a lide veio de menos a mais com pequenos toques na montada, mas com o os últimos três ferros de boa nota. No seu segundo toiro o cavaleiro limitou-se a colocar a ferragem da ordem a pouco mais que isso.

O quarto toiro da noite coube ao praticante João Soller Garcia que começou bem na serie dos compridos a receber bem o toiro. Nos curtos desenhou uma boa lide com ferros bem colocados, embora tenha imprimido muita velocidade na sua lide, situação normal para quem está no início e pretende mostrar aquilo que sabe nas oportunidades que lhe são dadas.

No que toca aos moços da jaqueta de ramagens os forcados azetecas foram os grandes triunfadores.

Os Amadores de Mazátlan fizeram três pegas ao primeiro intento e outra ao segundo intento no quarto toiro da noite, esta pega foi partilhada com os forcados de Alter. Notou-se uma grande coesão no grupo mexicano e uma alegria enorme em estarem a pegar no País de origem da arte de pegar toiros.

Os forcados de Alter não tiveram uma noite fácil, com a primeira e a segunda pega à terceira tentativa e a terceira ao primeiro intento, no entanto mostraram ser um grupo coeso com boas qualidades e a justificar a presença na corrida.

Quanto aos toiros da divisa de Veiga Teixeira, estavam bem apresentados com pesos a oscilar entre os 475 e os 520 Kg, cumpriram na generalidade excepto o quinto da noite que calhou a Rui Salvador era muito paradote causando depois grandes dificuldades ao forcados de Alter.

Nesta grande homenagem ao forcado ainda ouve espaço para realçar o trabalho do campino, interveniente muitas vezes esquecido no meio taurino.

Para terminar só temos a lamentar o facto de haver vendedores de bebidas e pipocas constantemente a passar nas bancadas no decorrer das lide, do facto de se fumar no recinto com a cobertura fechada e ao constante movimento de publico durante as lides motivado também por não haver intervalo. E temos a realçar o uso de bandarilhas espanholas por parte de todos os cavaleiros.
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