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Campo Pequeno, 15 de Maio

17 de Maio de 2008 - 00:00h Crónica por: - Fonte: - Visto: 1996
Campo Pequeno, 15 de Maio Meia entrada de publico para presenciar uma corrida mista que muito prometia e pouco deu.

João Salgueiro, bem podia ter tirado mais partido do excelente toiro que abriu praça, algo sonso no início sem aquela graciosidade e finura que caracteriza o seu toureio, bom foi o ultimo ferro, esse sim à Salgueiro.

João Salgueiro da Costa, lidou o segundo da noite e justo é reconhecer que o fez de forma superior, recebeu-o à antiga com verdade correndo o toiro, começando a adivinhar-se um êxito grande. O toiro foi excelente, investia prontamente com nobreza e codicia, um presente que Salgueiro da Costa aproveitou da melhor maneira, mandou na arena, submetendo o oponente à sua vontade e preparou as sortes com toureiria, partiu direito para o toiro quartiando-se no momento certo de deixar correctamente os ferros.

Na lide a duo, nada de transcendente, não é por acaso que os Espanhóis estão a acabar com as "colleras" as dificuldades que normalmente os toiros têm em se fixar neste tipo de lides reflecte-se no resultado final das mesmas.

Antonio Ferrera não teve a sorte pelo seu lado, o primeiro foi devolvido por incapacidade segundo a direcção da corrida, o segundo nas mesmas condições físicas do primeiro não lhe permitiu luzir como desejava.

El Gallo mais bafejado pela sorte, o primeiro saiu a fazer coisas feias mas denotando uma certa codicia, seria fácil administrar-lhe uma faena aliviada mas não, a vergonha toureira de Gallo fez daquilo que parecia impossível uma faena de poder e mando.

O seu segundo, o sobrero, por se ter inutilizado o primeiro que lhe coube por sorteio, proporcionou o triunfo grande a Gallo que afirmou no Campo Pequeno querer ser figura do toureio, aqui fez arte com toreria aliando a qualidade à paixão, a muitos surpreendeu pela maneira como encarou mais esta sua vinda ao Campo Pequeno, realizando uma faena interessante de seguir onde para alem da apurada técnica e profissionalismo evidenciou verdadeiros pormenores de artista

Noite de gloria tiveram os forcados de Lisboa, para a cara do primeiro saiu Francisco Mira que travou uma luta de titãs com um toiro de verdade, nem os 646 quilos, tão pouco os 5 anos carregados de força e génio foram suficientes para impedir este valoroso forcado de consumar à quarta tentativa a primeira pega da noite.

Gonçalo Maria Gomes pegou à primeira o segundo num alarde de técnica e muita classe, igualmente à primeira João Lucas esteve enorme de poder e arte, no toiro lidado a duo.
De registar o facto de Antonio Manuel Rodrigues ter fracturado a tíbia e o perónio
Quando ajudava na pega do segundo da noite, um rápido restabelecimento forcadão.
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